Manuelle classificou as conversas que eu tenho com ela em duas: as comuns e as sobre essas coisas. E, ao classificar, Manuzão diz que as conversas "sobre essas coisas" está com uma frequência alta e que isso não é saudável.
Conversar sobre coisas comuns é, assim, mais decente. A frequência incomum é patológica, não me faz bem. E, por meu blog apresentar frequência incomum "sobre essas coisas", ela disse que não tinha interesse em participar dele.
Na verdade eu não concordo que o interesse dela não participar do meu blog (incoersencia) seja por "poluição" do seu conteúdo. Aquilo lá tá em ordem. Eu penso que tal discurso, que não deixa de ser verdadeiro, esconde muitas verdades ocultas: Ser posterior aos meus posts significaria que eu englobo a participação da manu, e, portanto, eu sou hierarquicamente superior. Eu me comparo e hierarquizo, e isso bate de frente com nosso valor-idéia ocidental: a igualdade.
Eu gosto de negar a hierarquia, afinal, que coisa mais feia é afirmar que Eva vem da costela de Adão! Aqui, Manu, seremos mais iguais, apesar de diferentes. E talvez você seja mais feliz participando desse blog, os "devassos e os vareides" (uma piada interna). Isso sim tem nossa identidade; o que não aconteceria com a incoersência, que é algo bem característico de mim.
Mas eu quero ser igual a você, Manuzão. Teremos status iguais. A igualdade é algo que eu gosto de sentir, apesar de eu ser, para você, a costela de Paula.
Saudades.
PS: O "Homo Hierachirus" esconde argumentos bem mais sofisticados, mas não acho que devo escrever por aqui.
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