quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

02/12/2008: aniversário da C.

Aí ontem foi o aniversário da Ca, amiga querida dos tempos doces de fim de colégio. O combinado com todo mundo era o almoço, mas minha precariedade de deslocamento me fez armar um plano B só com ela: no fim da tarde, tomar água de côco na beira da praia e conversar sobre os sonhos que andávamos colando na realidade. Nos atrasamos e o côco só pôde acontecer quando a inspiração e a fome já pediam jantar. Passamos em frente daquele bar que a gente nunca tinha dinheiro pra entrar. Custava R$20,00. Então eu coloquei a mão no bolso, tentei lembrar de quanto eu tinha na carteira e segui em frente, sabendo que, sei lá como, mas nesses 4 anos nós duas tínhamos mudado em tudo, da conta-corrente às rugas no rosto. Entramos e gastamos, cada uma, 5 vezes o couvert. Pareceu uma vingança dos dias sem grana mas, ainda assim, cheios de uma alegria sem igual, regados à fanta-uva e alegrias ingênuas de quem faz promessas vâs, mas sinceras, com o futuro, este mesmo que chegou desavisado. Mais do mesmo, só o carinho tão grande nutrido mais fortemente pelas tormentas que sempre e sempre, até agora, nos trazem de volta. 

Um comentário:

Alexandre Fernandes disse...

Querida Manuelle,

o comentário da qualidade amorosa pode parecer inoportuno, mas se tem uma coisa que você me pôs como estruturante, é que o amor (e amor é dois, não um) sobrevêem pra a felicidade. Se o amor chegou, aí você quem tem de questionar.
Se as desventuras apaixonestas que você tem não foram eficazes, não queria dizer que você só será feliz com um homem. O homem é a presunção de heterossexualidade que eu tenho de você. Poderia ser, no entanto, uma mulher, um cachorro, um vibrador, a árvore, a sua imagem. Mas o vibrador continua machista...

viajei na batatinha. coerência não é o melhor que eu posso dar.