domingo, 28 de dezembro de 2008

    Obama, meu bem, pode vir que we can.
we can feliz da vida, aliás.
hohoho

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Resposta ao Tempo

(...)
Recordo um amor que perdi
ele ri
diz que somos iguais
se eu notei
pois não sabe ficar
e eu também não sei

E gira em volta de mim
sussurra que apaga os caminhos
que amores terminam no escuro
sozinhos

Respondo que ele aprisiona
eu liberto
que ele adormece as paixões
eu desperto

E o tempo se rói
com inveja de mim
me vigia querendo aprender
como eu morro de amor
pra tentar reviver 


* Aldir Blanc/Cristovão Bastos

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Por que falar de organização social se eles querem falar de bruxaria?

Estou em Natal, Rio Grande do Norte.

Um parecer musical do parquet ministerial do Caetano Veloso:

Nada dessa cica de palavra triste em mim na boca
Travo, trava mãe e papai, alma buena, dicha louca
Neca desse sono de nunca jamais nem never more
Sim, dizer que sim pra Cilu, pra Dedé, pra Dadi e Dó
Crista do desejo o destino deslinda-se em beleza:
Outras palavras

Tudo seu azul, tudo céu, tudo azul e furta-cor
Tudo meu amor, tudo mel, tudo amor e ouro e sol
Na televisão, na palavra, no átimo, no chão
Quero essa mulher solamente pra mim, mais, muito mais
Rima, pra que faz tanto, mas tudo dor, amor e gozo:
Outras palavras

Nem vem que não tem, vem que tem coração, tamanho trem
Como na palavra, palavra, a palavra estou em mim
E fora de mim
quando você parece que não dá
Você diz que diz em silêncio o que eu não desejo ouvir
Tem me feito muito infeliz mas agora minha filha:
Outras palavras

Quase João, Gil, Ben, muito bem mas barroco como eu
Cérebro, máquina, palavras, sentidos, corações
Hiperestesia, Buarque, voilá, tu sais de cor
Tinjo-me romântico mas sou vadio computador
Só que sofri tanto que grita porém daqui pra a frente:
Outras palavras

Parafins, gatins, alphaluz, sexonhei da guerrapaz
Ouraxé, palávoras, driz, okê, cris, espacial
Projeitinho, imanso, ciumortevida, vivavid
Lambetelho, frúturo, orgasmaravalha-me Logun
Homenina nel paraís de felicidadania:
Outras palavras

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

eu tô lendo um livro que me deixa tão doida...que às vezes eu paro um pouco pra fingir que morro. 

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

E dói...

Não, não conheço nada que doa mais que essa coisa de desamar.
É, P, é morte em vida.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Vodu



Estava em casa num sábado depois do último dia de aula, vendo minha mãe costurando.

1. Lembrei da primeira vez que eu costurei alguma coisa. Eu tinha uns cinco anos e vesti uma camisa sem botão. Minha mãe pediu pro meu pai costurar o botão comigo, e ele me explicou que deveria pôr a linha de determinada cor pra combinar com o resto dos botões, como colocar a linha na agulha e como se deve amarrar o botão. Costura está para a feminilidade assim como mecânica está para a masculinidade. Estranhei meu pai me ensinando a costurar a minha camisa.

2. Fiz um vodu (foto). Peguei cinco tiras de pano branco, enrolei-os e amarrei com a costura. Formaram-se os braços, as pernas e o tronco. Vi uma pluma amarela e descobri quem seria meu vodu: Maria Luísa, minha irmã loira. Após isso, mainha pegou uns restos de tecido e costurou a roupa. O cinto branco é em homenagem a Amy Winehouse. Os olhos verdes e a boca vermelha fui eu quem costurei, assim como a cabeleira.

3. Lembrei das minhas primeiras reflexões sobre magia com James Frazier, e a lei da semelhança e a lei do contágio. Eu tava querendo fazer humor lá em casa, e comecei a torturar a boneca com uma das mãos, enquanto simulava tapas em Maria Luísa. Bons momentos de diversão.

Foi divertido.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Querido Papai Noel

Querido Papai Noel,

eu acredito em você. Acho que sim.
Escrever para você, no entanto, foi uma atividade que realizei nos últimos 10 anos (nós ultimos 4 anos consecutivos), pois entendia que era o melhor momento para se pedir "coisas que eu sempre tive vontade de ganhar". E eu sempre escrevia.
Mas a prática de escrever cartas me deixou um tanto frustrado. Às vezes pedia coisas que vocês (porque papai noel é entidade formada por duas pessoas, ou seja, papai e mamãe) não queriam dar, ou coisas que eram caras por demais. Lembro que, na minha quinta série,fiz questão de não ganhar um jogo. Recebi uma jogo de simulação de uma bolsa de valores. Meu pai é jogador assíduo.
Lembro-me que pedi um celular, mas me deram um usado (e muito quebrado) do meu tio.
Lembro-me, também, que pedi um livro chamado "Tudo que é sólido se desmancha no ar", do Marshall Berman, mas eu recebi "por que Nietzche chorou", que eu nem li porque não gosto de romancezinhos best-sellers dos 10 mais vendidos da veja (eu gosto, no entanto, de Harry Potter).
Sim, há um certo rancor nessas minhas palavras de descrença nas minhas cartas de papai noel, que nem sempre foram tão pretensiosas em questões financeiras.
Podem até reclamar dizendo que presente é presente, ou seja, você não tem que escolher. Eu concordo plenamente e por isso que esse ano ficarei caladinho - não vou escrever o que eu quero porque, se não for correspondido, menos decepção eu terei. Mas a tentação é forte e digo que quero um carrinho de controle remoto sem fio e um video-game... ah, demorou demais - Já ocupo um espaço no tempo que me impede de receber tais presentes.

Aliás, não sei se me sinto com tanta vontade de ganhar presentes. Eu gostaria de que não fosse um momento pra se ter um "sonho de consumo". Se o valor econômico na minha vida não fosse tão estruturante, e acho que pensar tem feito uma alegoria que me faz menos preocupado com isso (apesar de minhas principais brigas decorrerem de questões de bens financeiros), eu simplesmente não veria você, papai noel, como um ente da minha mitologia. Não porei a culpa na coca-cola, nem no McDonalds, nem em "esqueceram de mim" ou "meu papai é noel". Só que para te negar, nesse ano, eu te afirmarei.

Abraços,
Alexandre Fernandes, um garoto que não se comportou bem.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

AHHH é férias!

E eu volto a batalha final.

Este foi o primeiro semestre que eu não "estava doido que as aulas começassem". As férias do meio do ano foi tida como um momento de felicidade. Mainha me perguntou uma coisa e eu disse que "estava fazendo matéria para a minha melancolia futura".
Meu semestre, em alguns aspectos, foram essa felicidade de "matéria pra melancolia". Eu não vou chegar a felicidade plena, afinal, eu tô envolvido em sistemas que não me põe em locais que eu queria estar... e isso é normal. Isso é coisa de quem não bate bem da cuca.

Mas louca é quem me diz
e não é feliz
eu sou feliz!

PS: vou começar a tirar fotos. Imagens de Brasília e de mim são formas de transmitir mensagens de maneira maravilhosa. =D

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

02/12/2008: aniversário da C.

Aí ontem foi o aniversário da Ca, amiga querida dos tempos doces de fim de colégio. O combinado com todo mundo era o almoço, mas minha precariedade de deslocamento me fez armar um plano B só com ela: no fim da tarde, tomar água de côco na beira da praia e conversar sobre os sonhos que andávamos colando na realidade. Nos atrasamos e o côco só pôde acontecer quando a inspiração e a fome já pediam jantar. Passamos em frente daquele bar que a gente nunca tinha dinheiro pra entrar. Custava R$20,00. Então eu coloquei a mão no bolso, tentei lembrar de quanto eu tinha na carteira e segui em frente, sabendo que, sei lá como, mas nesses 4 anos nós duas tínhamos mudado em tudo, da conta-corrente às rugas no rosto. Entramos e gastamos, cada uma, 5 vezes o couvert. Pareceu uma vingança dos dias sem grana mas, ainda assim, cheios de uma alegria sem igual, regados à fanta-uva e alegrias ingênuas de quem faz promessas vâs, mas sinceras, com o futuro, este mesmo que chegou desavisado. Mais do mesmo, só o carinho tão grande nutrido mais fortemente pelas tormentas que sempre e sempre, até agora, nos trazem de volta. 

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Manuelle Xandeca Brasília



Antes de postar sobre isso, queria dizer que me dei bem na prova de direito penal 1 =) Maior nota da sala em consórcio com um amigo meu. Mas adivinha qual foi a maior nota? 7,0... hehehehe. Tô feliz, sentindo-me o ó do borogodó, afinal, o professor disse que eu não precisava fazer a segunda prova.

Dessa minha alegria, fui ao cinema assistir ao filme do Woody Allen, o neurótico de Annie Hall que toca saxofone nas terças feiras e faz roteiros com palavras sinfõnicas, fazendo com que os diálogos sejam prazerosos por demais. Muito feliz tal filme.

O filme se chama Cristina Vicky Barcelona (o título do tópico é em referência). Cristina e Vicky (Manuelle é mais vicky do que cristina) são duas garotas que, segundo o narrador, tem visões de mundo muito parecidas, apenas diferenciando-se na questão do amor. Mas o final do filme mostra que as duas são mais parecidas do que o narrador afirma no começo.
e Manuelle é Vicky e Cristina. Só falta achar o amante latino dela para perceber-se como tal. Enquanto isso não acontece, o pai dela vai pedir a mãe pra trazer a estopa para enxugar as lágrimas dos corações partidos.

Acho que o filme se remete tanto a obra de Almodóvar que lembrei de você, quando assistimos Penelope Cruz (que faz o filme também) sendo assombrada pelo fantasma da mãe em Volver.

Fica a indicação do filme, que nem é, de longe, o melhor filme do Woody Allen, mas nem por isso deixa de ser bom.